A grande maioria das pessoas, especialmente as mulheres, deve conhecer a história ou as histórias que originaram a celebração do 08 de março, mas em resumo ela foi criada para marcar as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres no início do século XX – um bom tempo, não é? Para quem tem interesse em saber mais sobre o assunto é só clicar no link a seguir http://bit.ly/1ieg5JP.
O fato é que com o passar dos anos, as histórias foram praticamente esquecidas e o Dia Internacional da Mulher acabou sucumbindo aos apelos comerciais e passou a se concentrar em homenagens, digamos, pueris e que remetem mais aos atributos femininos do que a luta pelos seus direitos de igualdade na sociedade.
Confesso que como todas as mulheres, adoro receber os parabéns ou um mimo pelo “meu dia” e também de parabenizar as que me são próximas. Mas a maturidade, como sempre ela, vem me fazendo analisar sobre o desenvolvimento das mulheres ao longo dos anos e o quanto algumas delas vem se perdendo no conceito de busca de igualdade.
A essência feminina é integradora, cuidadora, apaziguadora e humanista e considero estas qualidades realmente especiais nas mulheres. Mas na verdade muitas mulheres não exercem esta essência e acabam exigindo no dia a dia, no transito, na fila do supermercado, nas relações de trabalho, amizade e até amorosa, privilégios os quais não fazem por merecer. Para elas, basta ser mulher para ter o direito de passar na frente, de fechar o outro no transito, de não pedir licença, de não ceder a vez, de simplesmente não agradecer, apenas para citar atitudes básicas, mas que mostram a real essência de algumas representantes do sexo feminino.
Assim, como mulher, me desculpe se nesta data tão representativa não parabenizo as mulheres de forma unânime. Parabenizo sim, muitas das que conheço, femininas na alma, guerreiras, fortes ou delicadas, altas ou baixas, magras ou cheinhas, mas que no seu interior, são verdadeiramente merecedoras de homenagens, não só no dia 08 de março, mas em todos os dias do ano.